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09 de maio de 2024

Ossada de menino que desapareceu em Maringá há mais de 30 anos é identificada


Por Redação GMC Online Publicado 28/01/2024 às 08h31
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A angústia deu lugar a um leve alívio e a uma justificada revolta aos familiares de José Carlos dos Santos, menino que desapareceu em 1992, quando tinha apenas 12 anos, em Maringá. Isso porque, 31 anos depois, a Polícia Civil do Paraná confirmou que restos mortais encontrados em uma mata, na mesma época e região do desaparecimento, pertencem a José Carlos.

Essa revelação foi feita por Patrícia Conceição Nobre Paz, delegada titular do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas do Paraná (Sicride), em uma reportagem produzida pela RICtv Maringá, exibida em 24 de janeiro.

O Sicride foi criado em 1995, após vários desaparecimentos de crianças no Paraná, como o de Leandro Bossi e Evandro Ramos Caetano, também em 1992, em Guaratuba, no litoral do estado.

Patrícia Conceição explicou que na época não haviam os recursos de agora em uma investigação. A identificação dos restos mortais de José Carlos foi feita por meio de exames de DNA, em um programa do Governo Federal e Estadual.

“Nós tivemos uma resposta, inclusive, positiva, com relação a uma ossada que encontrava-se no Instituto Médico Legal, que foi encontrada em 1992, alguns meses depois do desaparecimento do José Carlos. Essa ossada, à época, não tinha sido identificada, devido à questão de época, que ainda não envolvia a tecnologia necessária para essa identificação. Atualmente, um projeto do Governo do Estado, Polícia Científica e também do Governo Federal, foi iniciado com recursos para novas tecnologias utilizadas e nesse ano, então, identificou-se que uma ossada econtrada à época era compatível com o DNA do José Carlos. Então, com relação ao José Carlos, nós temos então que ele não encontra-se desaparecido, devido a esse teste de compatibilidade”, disse a delegada à RICtv Maringá.

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O menino José Carlos Santos desapareceu em Maringá em março de 1992. Foto: Divulgação/Sicride

O resultado positivo foi entregue à família do maringaense no fim de 2023. Ao longo de todo esse tempo – mais de 31 anos -, parentes do menino conviveram com a tristeza e a dor, alimentada pela falta de respostas. Parte dessa dúvida será perpétua. A polícia não conseguiu esclarecer como o menino morreu, se foi por causas naturais ou vítima de um crime.

José Carlos do Santos desapareceu no dia 3 de março de 1992. A última vez em que foi visto estava saindo de casa, na Rua Grande do Norte, no Jardim Alvorada. Apesar da pouco idade, o garoto já ajudava no sustento da casa com a venda de frutas e verduras produzidas pela família. Quando sumiu, estava indo fazer uma entrega, mas não chegou ao destino. Os restos mortais foram encontrados em um fundo de vale no bairro, meses depois. Desde então, eram mantidos guardados no Instituto Médico Legal (IML) de Maringá.

Uma outra criança, Ednilton Palma, de 10 anos, também desapareceu em Maringá, 26 dias após o desaparecimento de José Carlos. Ednilton morava com a família, na Rua Madre Mônica Maria, no Conjunto Lea Leal. No dia 29 de março de 1992, ele saiu de casa para ir a uma igreja do bairro e nunca mais foi visto. A polícia divulgou uma foto da possível aparência dele atualmente, com 42 anos. O caso Ednilton segue sendo um mistério.

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O garoto Ednilton Palma, desapareceu em Maringá em março de 1992. Foto: Divulgação/Sicride

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