Polícia conclui inquérito e indicia babá e namorado por estupro e mais 3 crimes


Por Redação GMC Online
Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Paraná, por meio da Delegacia de Imbituva concluiu nesta sexta-feira, 1 0, o inquérito instaurado para apurar a conduta de produção e armazenamento de material pornográfico envolvendo criança.

Ao final das investigações, os suspeitos, a babá e o namorado, foram indiciados por quatro crimes: estupro de vulnerável; satisfação da lascívia na presença de criança e adolescente; corrupção de menores e produção e armazenamento de material pornográfico envolvendo criança ou adolescente. Somando, as penas podem chegar até 30 anos.

Durante a investigação, foram ouvidas testemunhas, os investigados e, principalmente, foi realizada uma minuciosa análise nos aparelhos telefônicos apreendidos de propriedade dos suspeitos.

O delegado que conduziu a investigação, Thiago Andrade, informou que “a análise realizada nos celulares dos investigados foi determinante. O namorado da babá apagou muitas mensagens, fotos e vídeos. Porém, foi possível perceber que ele recebia constantemente as fotos e vídeos que a babá fazia da criança […]. Após a análise feita pela equipe de investigação da Delegacia de Imbituva, os aparelhos foram enviados para perícia, a fim de recuperar os arquivos apagados”.

O delegado afirma que a investigação conseguiu comprovar que o caso é “ultrajante, pois o suspeito passou a nutrir um desejo sexual pela criança. Ele pedia diariamente vídeos e fotos da criança. Para piorar a situação, a polícia conseguiu comprovar que os suspeitos praticavam sexo na presença da criança. O namorado da babá satisfazia sua lascívia em fazer sexo com sua namorada (a babá), na presença da criança e em algumas oportunidades, queria ejacular na criança […]. Conseguimos constatar que os abusos aconteceram por aproximadamente quatro meses, até o momento da prisão dos suspeitos, disse o delegado”.

“Analisando as mensagens, o namorado da babá afirma que passou o órgão genital em partes íntimas e outras partes do corpo da criança. Em determinado momento, a babá passou a ter ciúmes da criança, vez que o acusado diariamente perguntava sobre a criança e manifestava interesse em vê-la. Segundo a acusada (babá) em depoimento. ‘Ele começou a gostar da criança”.

A criança está passando por atendimento psicológico. Segundo o delegado: “há mensagens em que comprovam que a babá dizia que iria surrar a criança, caso ela contasse alguma coisa”.

Ainda segundo a nota da Polícia Civil, em outro trecho de conversas, o suspeito (namorado da babá) planeja ver a criança sem as vestes íntimas, bem como idealiza praticar sexo com a namorada na frente da criança, e a suspeita concorda.

Namorado diz: “você leva ela de vestidinho sem calcinha”

A babá diz: “levo sim amor. Ela gosta de andar de vestido”

Em outro trecho, eles praticam as condutas:

Namorado: “me avisa a hora que você for dar banho nela daí fazemos vídeo chamada”

Babá diz: “tá bom amor”

No interrogatório, a babá confessa as práticas. Contudo, afirma que realizava as condutas porque era ameaçada pelo namorado.

No entanto, segundo a Polícia Civil, essa versão não corresponde com a realidade. A suspeita praticava as condutas de forma livre e consciente, despida de qualquer coação por parte do namorado, que por sua vez, satisfazia a sua lascívia mediante a presença da criança, seja a criança como expectadora ou participando os atos ultrajantes.

Ainda segundo a nota da Polícia Civil, o suspeito afirmou, através de mensagens, que já abusou de outras crianças. No caso de Teixeira Soares. 

A namorada também confirmou em depoimento que ele (o namorado) falou para ela em outras ocasiões que abusou dessas crianças em Teixeira Soares.

O caso será apurado em outro inquérito policial.

As informações são da  Catve.

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