Barroso: Medida de segurança após ataque ao STJ gerou instabilidade no e-Título
Uma medida de segurança tomada após o ataque ao sistema do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é uma das explicações para a instabilidade apresentada no aplicativo e-Título, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, um dos principais servidores da Corte foi retirado da rede para servir como uma cópia de segurança de todas as informações relevantes da Justiça Eleitoral. Estando fora do sistema, uma eventual tentativa de ataque bem sucedida resguardaria o conteúdo.
Contudo, isso fez com que o outro servidor principal utilizado pelo tribunal ficasse sobrecarregado, explicou Barroso. “Desligamento de primeiro servidor afetou o desempenho ótimo do e-Título, essa é uma das explicações”, afirmou o ministro.
Os eleitores estão desde manhã relatando instabilidades no funcionamento do aplicativo. Entre os relatos, os usuários afirmam não estar conseguindo consultar a zona eleitoral ou concluir a operação de justificativa do voto.
Barroso confirmou que há instabilidade para os dois problemas. Porém, o ministro ressaltou que a principal funcionalidade do e-Título atende normalmente aos eleitores, que é de identificação na seção eleitoral.
“Todas as pessoas que baixaram o e-Título no seu celular e o apresentaram para votar, ele teve funcionamento perfeito, sua principal funcionalidade operou de maneira totalmente adequada”, disse.
O ministro disse que foram baixados cerca de 13 milhões de e-Títulos. Só nas últimas 24 horas, foram 3 milhões de downloads
O presidente do TSE também destacou que a justificativa pelo aplicativo é uma novidade deste ano, e que as formas tradicionais para o eleitor explicar o motivo de não ter ido às urnas continuam funcionando normalmente.
Barroso lembrou que o cidadão pode, por exemplo, justificar hoje o voto pessoalmente ou, a partir de amanhã, preencher o formulário de justificativa. Mesmo com os problemas enfrentados, segundo ele, foram 560 mil justificativas até as 15h.
“Estamos em contato com empresa que produziu o aplicativo e o Google para regularização”, disse ainda o ministro, que espera ter o problema totalmente resolvido no 2º turno das eleições.