23 de fevereiro de 2025

SAS pretende aumentar capacidade do Centro Dia da Pessoa Idosa 2, diz secretário Bravin


Por Letícia Tristão/CBN Maringá Publicado 30/01/2025 às 18h43
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Maringá tem dois Centro Dia de atendimento para a pessoa idosa e o segundo tem capacidade para atender 60 pessoas, mas por falta de efetivo não atende nem metade disso. De acordo com o secretário de Assistência Social, Leandro Bravin, essa é uma das prioridades da pasta, que agrega a Política sobre Drogas e Pessoa Idosa.

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Foto: GMC Online

Ainda segundo Bravin, na Série de Entrevista com os sercretários municipais de Maringá, a secretaria vai ampliar a rede de recebimento de pessoas em situação de vulnerabilidade ou dependência química. Outro projeto prevê proporcionar turismo dentro da própria cidade para pessoas carentes.

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Confira a entrevista concedida à CBN Maringá:

São quantos abrigos em Maringá?

— Nós temos o abrigo para criança, que está numa média de 20 crianças sendo abrigadas. E também o abrigo de adolescência, também em torno de 20. Temos o abrigo para idosos. São quatro unidades, duas não governamentais. Tem parcerias. Dessas quatro são 132 atendimentos aos idosos, que é um abrigo de longa permanência aos idosos aqui de Maringá. E estamos querendo ampliar essa rede, porque, desde o início que eu cheguei à secretaria, surgiu muitos pedidos, muitas demandas, porque a população, de um modo geral, no Brasil, tem aumentado muito na questão dos idosos. Estão tendo menos filhos e os pais estão ficando cada vez com a idade mais avançada. Então, a nossa preocupação como secretário é criar políticas públicas para que esses idosos tenham um melhor atendimento. Porque hoje nós estamos com dois Centro Dia, 1 e o 2. O 1 já está praticamente com a capacidade máxima de atendimento. Nós estamos com essa dependência do Centro Dia 2. Hoje estão atendendo nove idosos, a gente com capacidade para 60. Então, a gente quer, já ainda nos próximos meses, aumentar esse número de atendimento aos idosos aqui no Centro Dia 2, porque tem surgido muitas demandas, muitos pedidos. Principalmente desses… do pai e a mãe, que às vezes tem um filho único. Esse filho único, ele trabalha e depende também, é o provedor da casa. Então, se ele sai para trabalhar, quem cuida do pai, quem cuida da mãe, quem cuida dos avós? Então, essa é uma preocupação que a gente tem aqui com o nosso município para que amplie essa rede de atendimento ao idoso e que possa ajudar, com certeza, a atender da melhor forma os nossos idosos.

Como está hoje a situação do asilo?

— Praticamente no meu primeiro dia, quando eu cheguei à secretaria, eu cheguei na segunda-feira, na terça eu já tive a informação, no final do dia, na terça-feira, que os funcionários da empresa terceirizada iriam paralisar o serviço, parcialmente na quarta-feira. Tive conhecimento que era por questão de não pagamento dos salários, não realizado por essa empresa terceirizada. Deixar claro para a população de Maringá que a prefeitura em nenhum momento deixou de pagar essas pessoas. Na verdade, essa empresa estava cometendo a irregularidade desde agosto de 2024. Então, ela não estava fazendo a tramitação de notas fiscais correta. Então, quando eu tive essa informação, convoquei uma reunião com o nosso prefeito Silvio Barros para relatar esse assunto. Criamos um plano de contingência que está acontecendo hoje, em conexão com a Secretaria de Governo, Secretaria de Saúde e da Educação. Quero agradecer aqui os nossos secretários que prontamente colocaram à disposição as suas equipes. Fizemos um manejo de pessoas para ir lá atender os nossos idosos. Nenhum dia, nenhuma hora deixamos de atender os nossos idosos lá no antigo Asilo São Vicente. Então, hoje, até o final de fevereiro, a gente está com um plano de contingência com os servidores da Secretaria da Assistência Social, da Saúde e da Educação. E já entramos com a rescisão de contratos, já notificamos essa empresa. Neste momento, a gente está aguardando a burocracia de resolução pela Procuradoria Geral, para que ela possa já nos permitir convocar a segunda empresa, a segunda colocada, que é a empresa que participou da licitação do ano passado. Então, agora, o trabalho está sendo feito pelo município. Lá são 53 funcionários que essa empresa vai ter que contratar quando ela assumir a administração, os trabalhos ali no Asilo. Então, é ela que contrata, não é a prefeitura. A prefeitura realmente faz a licitação e contrata essa empresa para fazer a prestação de serviços lá no Asilo.

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Quais são os projetos da Secretaria pensando na pessoa idosa?

— Olha, eu tenho já apresentado ao prefeito um novo Centro Dia, ali na área do Sol Nascente, já existe um estudo, uma projeção para se instalar ali, e também um complexo, que é um núcleo de atendimento ao idoso. Vai ser de tudo, parte de enfermagem, fisioterapia, nutrição, cultura, lazer, tudo no mesmo espaço. Então o idoso vai chegar lá, vai vir de manhã, a gente disponibiliza o transporte, tem muitos deles que também são deficientes, então precisa de transporte. A prefeitura busca em casa, leva de volta no final do dia, e durante o dia ele vai fazer todas as atividades, cultural, de dança, de teatro, de atividade física na piscina, atendimento na área de enfermagem, atendimento fisioterapêutico. Então esse complexo é uma novidade, ainda não tem mais ninguém, então eu estou buscando isso. Já estou estudando, no final do mês de fevereiro já tem reunião em Curitiba agendada para a gente debater isso com o governo do Estado também, para que a gente consiga pelo menos construir esse espaço público e se reorganizar com a parte operacional, que aí a prefeitura com certeza nós vamos criar todos os esforços para que ainda esse ano a gente tenha alguma novidade sobre esse assunto.

Como é a estrutura da Política sobre Drogas?

— A equipe de abordagem é pequena, a nossa meta agora é pelo menos dobrar essa equipe de abordagem, porque tem crescido muito, pessoas em situação de rua, a gente tem recebido muitas mensagens solicitando abordagem aqui em Maringá, abordagem social, quero deixar claro que a abordagem social é uma coisa, a abordagem da Guarda Municipal é outra, mas trabalhamos em conjunto, porque muitas vezes essas pessoas que estão em situação de rua, tem elas que precisam da ação da assistência social, outras precisam ser atendidas pela Guarda Municipal, porque às vezes nesse meio dessas pessoas, nem todas são pessoas que estão em situação de rua, mas algumas delas podem estar em situação até de criminalidade, então a abordagem a gente quer aumentar, vamos dobrar a equipe de abordagem, esse é o nosso objetivo agora já de início de gestão. A estrutura da secretaria, nós queremos fazer uma conexão muito forte entre o centro pop e os abrigos, o albergue, que a gente quer fazer uma conexão bem próxima, porque hoje estamos atendendo praticamente 450, 480 pessoas em situação de rua no centro pop. Só hoje, antes de vir para cá, eu tive a informação que quase 90 atendimentos, desses 90 atendimentos, 15 são pessoas que foram a primeira vez sendo atendidas, são pessoas que chegou na cidade, que não fez nenhum serviço da rede, estão lá hoje pela primeira vez sendo atendidas por nossa rede de atendimento da Secretaria de Assistência Social. Então, para você ver como está a situação, quase 500 pessoas sendo atendidas ao mês, então isso é sendo atendido pela Secretaria de Assistência Social através do centro pop. Muitas delas já são direcionadas para o albergue, então a gente quer também ampliar a rede, pelo menos de pernoite, tem pessoas que vêm de fora e elas querem ficar aqui por um período curto, um, dois dias, e não tem onde ficar. Então, como que a gente faz? Então, a gente quer criar um abrigo provisório de curto prazo, de pernoite, atender essas pessoas e dar o direcionamento. Se as pessoas querem ficar em Maringá, se ela quer trabalhar, quer se constituir sua família aqui, a gente vai dar todo o apoio. Se a pessoa quer por algum momento estar em situação de rua, quer tratamento, ela quer ser atendida pelas nossas redes de comida terapêutica, a gente também vai dar o direcionamento. Então, é lógico que uma situação de abordagem é importante, a gente aumentar o instrumento de abordagem, mas também aumentar a rede de recebimento dessas pessoas. Porque da forma que a gente aumentar a abordagem, vai acarretar aumento em outras unidades. Então, vai aumentar a atendimento. A gente tem que aumentar, ampliar o atendimento no centro pop. Quando a gente vai fazer abordagem na rua, a gente tem que levar para o centro pop. O centro pop é feito toda avaliação, atendimento para pessoas em situação de rua, e daí é feito o direcionamento, conforme a assistência social avalia, os psicólogos, e em seguida é feito os encaminhamentos de cada um deles.

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Mais algum projeto que o senhor gostaria de destacar?

— Ações voltadas à população de rua, turismo para mais de 60 pessoas idosas, também ter a oportunidade de conhecer outros lugares. Eu tenho conversado com algumas pessoas que, às vezes, nem teve oportunidade de conhecer o estádio nosso de futebol. Que não teve oportunidade. Pessoas de famílias que estão em situação mais vulnerável, às vezes, não conheceu o teatro de Maringá, não conheceu o Chico Neto. Então, eu tenho conversado com o nosso secretário de esporte, com o secretário da cultura, para que essas pessoas e essas famílias tenham condições de conhecer parte da nossa cidade. Às vezes, não conheceu o Parque do Japão, não conheceu o Parque do Lingá. Por que não conheceu? Porque, às vezes, elas não têm condição de nem pagar a condução, ônibus, para ir até esses locais. Então, eu quero criar um projeto em conexão com essas demais secretarias, que elas tenham essas pessoas em situação mais vulnerável, famílias, crianças, idosos, que, às vezes, não conseguiam nem conhecer a nossa própria estrutura de lazer, de cultura, de turismo.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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