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28 de abril de 2024

Viva a democracia!


Por Passeio Publicado 09/10/2018 às 12h00 Atualizado 18/02/2023 às 13h35
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Se você é um cidadão ou uma cidadã brasileira deve estar sentindo na pele, no cotidiano, na fila do pão, no bate-papo depois da missa que existe uma tensão instaurada. E não há muito o que possamos fazer nesse momento. Aliás, sempre que as coisas apertam não podemos fazer muita coisa. Afinal de contas, somos tão pequenininhos! Mas há que se fazer o de sempre – e que nunca se faz –, nossa própria parte.

Perceba que não estou falando de ódio, estou falando apenas de tensão. Tensão é uma coisa possível, que acontece, que está por aí, se mostrando vez ou outra com as intenções mais ingênuas. O problema é que às vezes – repare que usei a crase, isso pode ser importante lá na frente – rompemos as barreiras da tensão, e aí já era. Quando o “já era” chega, significa que não existem argumentos viáveis. Só há de se reclamar e dizer umas verdades – ou não – apocalípticas, alertando o mundo sobre a presença irreparável do exagero.

O ódio, por outro lado, vem antes da tensão, e gera, e a leva a suas últimas conseqüências. O ódio é um negócio que o ser humano tem, mas que precisa saber não ter para que a vida em sociedade seja possível. E a nossa sociedade, graças aos santos, aos orixás, e ao bom Deus, é uma sociedade democrática. E a democracia é a coisa mais linda desse mundo… no papel! Sim, pois a democracia de fato, aquela que sentimos na pele e que o cheiro nos embrulha o estômago; essa é uma democracia miserável.

Miseráveis de nós, tão pequeninos, que confundimos democracia na teoria com democracia na prática. Há séculos que a mente humana é capaz de entender que só o poder salva, só o poder manda quando o trono não está ocupado pelo rei de verdade. Pois bem, na democracia – teoria – o povo é quem se assenta no trono e é ele, com suas inefáveis decisões quem se governa. Mas daí vem a democracia – a outra, a da prática – e nos mostra que são tantos os poderes na luta por mais poder, e são tantos os interesses pérfidos que são atendidos, que não é difícil percebermos que o trono nunca foi assento prático do povo.

Critico, sim. E sigo a criticar. Mas a democracia ainda é a melhor opção. Não precisamos mudá-la, pois o sistema não é o grande culpado: a alimentação não é culpada pela gordura, mas sim quem se alimenta. Pois então quem é responsável pelo governo é o povo. É o povo quem precisa se sanar. SA-NAR mesmo, de doença. Pois uma sociedade com tamanha tensão só pode mesmo estar muito doente.

Nossa democracia estará madura quando o povo assim o estiver. E para isso só nos resta a educação. Educar para a ação. E se sua educação é mínima, talvez razoável, já deve ter percebido que não estou dando vivas à democracia. O título do texto é sem crase mesmo. Não dou vivas a esta nossa democracia, te convido, caro leitor, a vivê-la. Viva a democracia. A democracia carece do seu viver.

Eu digo amem, não digo amém.

Pauta do Leitor

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