O que você sabe sobre a dieta Low Carb?
Se sua resposta para o título deste texto é que ela reduz o consumo de carboidratos substituindo-os pelo consumo de gorduras e proteínas promovendo um emagrecimento rápido você não está completamente errado. Mas, a dieta Low Carb é bem mais que isso.
Vamos esclarecer que dieta cetogênica e low carb não são a mesma coisa. A primeira restringe os carboidratos a 10% das calorias diárias consumidas enquanto a segunda em sua fase final estabelece o ingestão de 40g a 100g de acordo com o paciente e seu objetivo.
A dieta low carb não retira por completo os carboidratos da alimentação, ela se propõe a suprir as demandas do organismo por esse macronutriente da maneira mais saudável utilizando-os em sua melhor versão e isso se aplica também as proteínas e gorduras que a compõem. A alimentação é composta por carboidratos e frutas com baixo índice glicêmico, vegetais, proteínas de origem vegetal e animal como leguminosas, carnes magras, leite vegetal ou animal (zero lactose), alguns tipos de queijo, peixes como robalo, namorado e tilápia ricos em proteína e salmão, sardinha que fornecem gorduras boas como o ômega-3 e sementes, abacate, azeite e oleaginosas. Cuidar da hidratação e fazer exercícios físicos é importante já que na primeiro momento perde-se água e massa magra e é por este motivo que a pessoa tem a sensação de perda de peso rápida.
Esta dieta tem boa aplicação no tratamento de pacientes com síndrome do ovário policístico (SOP), com resistência à insulina (RI) e com diabetes tipo 2 pois promove a perda de peso, a diminuição do colesterol total e do HDL, ajuda no controle da glicemia e melhora a sensibilidade a insulina. Pacientes com epilepsia também se beneficiam com esta dieta pois ela favorece a cetogênese que contribui para o controle das crises. Pacientes obesos devem buscar ajuda profissional para através de exames laboratoriais determinar as causas metabólicas que o levaram ao ganho de peso e assim adotar o tratamento e dieta adequada. Ela é contraindicada para mulheres grávidas, crianças, adolescentes, idosos, atletas de alta performance, pacientes com doenças renais e em pós-cirúrgicos.
Muitas pessoas, por desinformação, quando optam por esta dieta exageram no consumo de proteínas e gorduras de origem animal o que pode contribuir para o aparecimento de doenças cardiovasculares por conta do aumento do colesterol. A quantidade e qualidade dos macronutrientes (carboidratos, lipídeos e proteínas) ingeridos varia de acordo com a necessidade energética, objetivos para a dieta, presença de comorbidades e histórico clínico de cada paciente.
Toda dieta restritiva deve ser acompanhada por nutricionista, agende seu horário.
Miriam T. Ferro Barros – Nutricionista
Acompanhamento Nutricional
Saúde da Mulher
Acompanhamento Nutricional para Vegetarianos e Veganos
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