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25 de abril de 2024

Maringá: Cresce procura por relacionamentos extraconjugais durante a quarentena


Por Monique Manganaro Publicado 10/07/2020 às 15h26 Atualizado 24/02/2023 às 18h31
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Foto: ilustrativa/Pixabay/Domínio Público

Apesar do período de isolamento social, a procura por relacionamentos extraconjugais cresceu em Maringá. A constatação tem como base números do site Ashley Madison, especializado em aproximar pessoas que buscam um caso fora do namoro ou casamento.

De acordo com o levantamento, o site registrou crescimento médio de 6% no número de usuários de Maringá ativos entre janeiro e abril deste ano. O período engloba os meses em que as medidas rígidas de distanciamento social já estavam em vigor. Os maringaenses, por exemplo, já lidavam com o toque de recolher, decretado no fim de março, e a quarentena.  

Segundo o site, nesse período, 42% das mulheres que acessaram a página tinham entre 30 e 39 anos. Em segundo lugar estão mulheres com faixa etária entre 40 e 49 anos (30%). Entre os homens, o maior percentual também é de usuários que têm de 30 a 39 anos: 34%.  No entanto, o segundo lugar entre eles é de jovens com idades de 18 a 29 anos, 27%. 

Ranking das cidades no PR

O levantamento também revela em quais cidades o site tem mais usuários cadastrados. Nos quatro primeiros meses deste ano, Maringá aparece na terceira posição entre as 10 cidades do Paraná onde há maior procura por relacionamentos extraconjugais. A cidade perde apenas para Londrina, em segundo lugar, e Curitiba, que aparece em primeiro. 

Atrás de Maringá, segundo o Ashley Madison, aparecem Cascavel, Ponta Grossa, Foz De Iguaçu, Paranaguá, Toledo, Colombo e Pato Branco. 

Até agosto do ano passado, mais de 35 mil pessoas que moram no Paraná estavam com contas ativas na plataforma de encontros extraconjugais. 

Mas por que as pessoas traem? 

De acordo com a psicóloga e terapeuta de casais, Monica Menequelli, o fator chave para a traição é a falta de diálogo e de resolução de conflitos imediatos.

“O passar do tempo e dias podem colaborar com os reforços de sentimentos desagradáveis do companheiro como raiva, ódio, culpa, humilhação e por aí vai. O orgulho faz a gente ‘engolir muitos sapos’ e assim deixamos de conversar e resolver as divergências no dia ou na hora. Isso com o passar dos anos leva a um casamento desgastado, com mais desentendimentos e decepções”, explica.

“E quando uma pessoa está ferida, sente que não é compreendida, ouvida, isso é um grande motivador (para a traição). Afinal de contas, o ser humano precisa se relacionar. Essa é uma necessidade intrínseca, cultural e emocional. Quando isso não acontece da melhor forma em casa, onde pode encontrar?”, questiona.

Dessa forma, segundo a psicóloga, é comum que as pessoas envolvidas em casos extraconjugais procurem algo que vai além de sexo.

“Vejo (no perfil de infiéis) desde pessoas com traços de desvio de conduta e que vão fazer isso mesmo tendo uma relação maravilhosa, até pessoas não satisfeitas com a relação, que já não têm suas necessidades atendidas e que também não atendem às necessidades do companheiro (a). Isso é motivado pela falta de interesse, excessos de discussões e ressentimentos. Percebo que pessoas infiéis buscam sexo sem compromisso, satisfação física e fisiológica, desejos atendidos e até a possibilidade de se sentir compreendido pelo outro”, comenta Monica Menquelli.

Já para a diretora de comunicação do site Ashley Madison, Isabella Mise, a traição pode ter também um lado positivo. “Falamos com muitos dos nossos membros e eles nos dizem que a infidelidade ajudou a salvar seu casamento, satisfazendo seus desejos naturais e permitindo que eles retornassem ao casamento como uma pessoa mais completa”, afirma.

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