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12 de maio de 2024

Maringá registrou, nesse ano, 240 acidentes com escorpião amarelo


Por Geovan Petry/CBN Maringá Publicado 20/10/2022 às 16h54 Atualizado 21/10/2022 às 21h07
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 Foto: Arquivo/AEN

O Centro de Controle de Zoonoses, Vetores e Pragas Urbanas (CCZ) de Maringá registrou 240 acidentes com escorpião amarelo nesse ano. A chegada da chuva e do calor são atrativos para a proliferação. Por isso, cuidados básicos em casa podem evitar acidentes graves.

A Danielly Davanco tomou um grande susto na manhã dessa terça-feira, 19. O filho dela, o Gabriel, de 7 anos, ao colocar o tênis, foi picado pelo escorpião amarelo. Rapidamente ela e o marido foram com a criança ao Hospital Universitário, referência nesse tipo de atendimento. Mesmo tomando todos os cuidados, o animal entrou na casa dela.

“Aqui em casa não tem grama, não tem mato, não tem entulho, nada sujo. Os ralos, todos, fechados. Dedetizo a casa a cada três meses e mesmo assim apareceu. […] Estava dentro do tênis do Gabriel. Quando ele foi vestir pra ir para a escola, foi picado. […] Todo cuidado é pouco”, disse Danielly.

De acordo com dados do Centro de Controle de Zoonoses, Vetores e Pragas Urbanas (CCZ) de Maringá, em 2021, foram registrados 255 acidentes envolvendo escorpiões, um aumento de 33% em relação ao ano anterior, que foram 191. Nesse ano, até agora, são 240 ocorrências.

Com a chegada da primavera e verão, o aparecimento de escorpiões pode aumentar pois gostam de umidade e calor. O gerente do CCZ, Eduardo Alcantara Ribeiro, explica que as crianças não são as principais vítimas do animal peçonhento.

“A faixa etária que é mais acometida fica entre os 30 até os 60 anos de idade. Apesar disso, o risco com as crianças é maior, por que a quantidade de veneno que o escorpião inocula na criança é proporcionalmente maior. […] Sempre que uma criança ou um idoso é picado por escorpião, a recomendação é procurar um pronto atendimento imediatamente”, disse Ribeiro.

Medidas simples podem dificultar o aparecimento do escorpião, principalmente o amarelo. Manter jardins e quintais limpos, evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas. Evitar folhagens densas como plantas ornamentais, trepadeiras, arbustos, bananeiras junto a paredes e muros das casas. Outro ponto importante é manter a grama aparada.

A utilização de alguns venenos são recomendados para eliminar o escorpião. Eduardo Alcantara Ribeiro recomenda que as aplicações sejam feitas apenas na residência e obedecendo a orientação do fabricante.

“No ambiente urbano, se eu aplicar esse veneno no esgoto, eu posso causar problemas para o tratamento do esgoto e na galeria de água de chuva, esse veneno vai para os rios e vai causar um problema ambiental muito grave”, disse.

A presença do escorpião em ambientes urbanos é uma questão de saúde pública. No sul do país o aparecimento não é tão grave como no sudeste e nordeste. Mesmo assim, os cuidados são fundamentais, principalmente com crianças e idosos, onde um acidente pode ser fatal.

Em caso de acidente, a pessoa deve lavar a região com água e sabão e procurar o atendimento médico imediatamente. Em Maringá, a referência é o Hospital Universitário da UEM. Se caso for identificado o escorpião, é preciso recolhê-lo e levá-lo para a unidade de saúde, para que possa ser confirmado o acidente. Se isso não for possível, existem sintomas característicos que vão ajudar o médico a identificar.

Ouça na CBN Maringá.

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