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09 de maio de 2024

Produtor de Maringá cultiva mais de 200 tipos de pimenta; conheça as mais ardidas


Por Rafael Bereta Publicado 02/12/2023 às 12h40
 Tempo de leitura estimado: 00:00
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O sucesso é tanto que Rildo já exporta a variedade para outros países. Foto: Rafael Bereta/GMC Online

Existe um velho ditado que diz que ‘pimenta nos olhos dos outros é refresco’. Agora, quando se trata das pimentas mais ardidas do mundo, só quem é apaixonado por essas especiarias consegue de fato enfrentar esse desafio. Há 15 anos no ramo, o produtor de Maringá, Rildo Cazé, tem cultivado 235 variedades de pimenta conhecidas como nucleares. Veja abaixo as mais ardidas.

O sucesso é tanto que Rildo já exporta a variedade para outros países. “O gosto pela pimenta surgiu do intercâmbio. Eu tenho muitos amigos de outros países que estão na África e na Itália e vamos trocando sementes. Tenho pimenta que veio de Cuba, Chile. Pego uma variedade de cada país e adequamos para que seja cultivado da melhor forma”, explica ao GMC Online.

Entre muitas espécies, o produtor afirma que a pimenta mais procurada por muitos maringaenses em seu viveiro localizado na Rua Luiz Correia, 153, Conjunto Imperial é a Carolina Reaper, que já foi considerada pelo Guinness Book, o Livro dos Recordes, como a pimenta mais ardida do mundo. Hoje, porém, ela perdeu o posto para a Pepper X.

“A variedade se adaptou extraordinariamente ao clima e se sobressai em relação às outras pimentas devido à intensidade ardente. A malagueta, por exemplo, apresenta uma ardência de 75 mil pontos. Enquanto isso, a Carolina Reaper atinge impressionantes 2,2 milhões de pontos”, relata.

A procura pela pimenta mais ardida em Maringá

Todos dias, várias pessoas de Maringá e de outras cidades procuram o produtor de Maringá Rildo Cazé para conhecer e comprar algumas variedades de pimenta nuclear. O valor das pimentas em seu viveiro custa em torno de R$10 cada 100 gramas.

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Há 15 anos no ramo, o produtor de Maringá, Rildo Cazé, tem cultivado 235 variedades de pimenta conhecidas como nucleares. Foto: Rafael Bereta/GMC Online

Suellyn Cadore é funcionária da Guarda Municipal de Santa Terezinha de Itaipu ( a 390 quilômetros de Maringá). Há três anos compra diretamente de Rildo Cazé algumas das espécies de pimentas ardidas. “Em meus horários livres gosto de cultivar, produzir as mudas e fazer conservas e molhos. Conheci o produtor Rildo através de grupos de cultivo de pimenta e desde então ele tem me dado um grande suporte”, diz.

Suellyn ainda afirma que a pimenta favorita para ela é a Bhut Jolokia Chocolate, com nível de ardência na escala Scoville variando entre 800.000 e 1.001.300 SHU – unidades de calor. No entanto, ressalta que já provou a tão famosa Carolina Reaper e que o aroma dela é muito bom.

“Hoje comigo tenho vários tipos de pimentas nucleares, como Habanero, Carolina Reaper, Bhut Jolokia Chocolate, de várias cores e a pimenta biquinho que uso para petisco. Para mim não existe um alimento que consumo sem essas especiarias, pois elas têm um elo com o mundo gastronômico, com o mundo de cultivo, além de trazer um leque de conhecimento”, comenta.

Confira algumas pimentas mais ardidas produzidas em Maringá

  • Carolina ceifeira;
  • Trinidad Moruga Scorpion;
  • 7 Pot Douglah;
  • 7 Pot Primo;
  • Trinidad Scorpion Butch;
  • Naga Viper;
  • Bhut Jolokia;
  • 7 Pot Barrackpore;
  • 7 Red Pot Gigante;
  • Red Habanero Savina.

Para Rildo Cazé, produzir pimentas tão requisitadas em Maringá é gratificante. “É muito bom, pois a gente consegue queimar a língua de muita gente que vem aqui no viveiro e diz que come a pimenta e quando experimenta de fato acaba passando mal. Por isso, eu sempre aviso que a Carolina Reaper é muito ardida e eu não me responsabilizo, como vendemos sempre ela eu já pergunto se o cliente é alérgico, se for eu não vendo, mas quem experimenta e gosta sempre nos procura”, diz.

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