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20 de maio de 2024

Caso Renan Tortajada: assassino de médico mentiu para a polícia sobre a morte de travesti no bosque, diz amiga


Por Redação GMC Online Publicado 21/02/2023 às 09h45
 Tempo de leitura estimado: 00:00
O assassino confesso Guilherme da Costa Alves, 26 anos – Foto: Danilo Martins/OBemdito.

Guilherme da Costa Alves, 26 anos, mentiu para a polícia ao dizer que matou a travesti no bosque Uirapuru porque ela o presenciou enterrando o corpo do médico Renan Tortajada, 35 anos. A versão é de uma amiga de Alexan Carlos de Goes, a Sabrina Medeiros, 44 anos.

A amiga disse ter visto o momento em que Guilherme passou com um Honda Civic chumbo na rua Governador Ney Braga e convidou Sabrina para entrar no veículo.

ENTENDA O CASO

 “Primeiro ele passou por mim, me chamando para sair, mas eu já conhecia ele, porque ele sempre apronta com a gente. Eu tentei avisar ela (Sabrina), cheguei a gritar, mas não deu tempo. Ela não ouviu e foi no carro com ele. Era umas duas horas da madrugada de sábado, 18 ”, disse a OBemdito, na condição de anonimato.

A também travesti afirmou que iria procurar a Polícia Civil para relatar o fato. “O Guilherme mentiu quando disse que a Sabrina estava sozinha dentro do bosque. Ela nunca ia lá sozinha, ainda mais numa hora daquelas. Foi ele que levou ela lá, depois que já tinha matado o médico. Ela pode ter visto a cena e ameaçado denunciá-lo”.

Guilherme da Costa Alves, 26 anos, mentiu para a polícia ao dizer que matou a travesti no bosque Uirapuru porque ela o presenciou enterrando o corpo do médico Renan Tortajada, 35 anos. A versão é de uma amiga de Alexan Carlos de Goes, a Sabrina Medeiros, 44 anos.

A amiga disse ter visto o momento em que Guilherme passou com um Honda Civic chumbo na rua Governador Ney Braga e convidou Sabrina para entrar no veículo.

 “Primeiro ele passou por mim, me chamando para sair, mas eu já conhecia ele, porque ele sempre apronta com a gente. Eu tentei avisar ela (Sabrina), cheguei a gritar, mas não deu tempo. Ela não ouviu e foi no carro com ele. Era umas duas horas da madrugada de sábado, 18”, disse a OBemdito, na condição de anonimato.

A também travesti afirmou que iria procurar a Polícia Civil para relatar o fato. “O Guilherme mentiu quando disse que a Sabrina estava sozinha dentro do bosque. Ela nunca ia lá sozinha, ainda mais numa hora daquelas. Foi ele que levou ela lá, depois que já tinha matado o médico. Ela pode ter visto a cena e ameaçado denunciá-lo”.

O médico Renan Tortajada, morto no bosque Uirapuru.
Alexan Carlos de Goes, a Sabrina Medeiros.

Cliente antigo

A travesti relatou também que Guilherme era um cliente antigo. “Tanto eu quanto minhas amigas já fizemos programa com ele. Quando ele chegava até a gente, sempre a pé ou de moto, era uma pessoa. Depois que terminava o programa assumia outra personalidade. Se tornava extremamente agressivo, tentando matar a gente. Eu mesmo quase fui vítima dele com um canivete no meu pescoço. Parecia usar droga pesada. É por isso que ele era queimado no meio”.

A informação obtida por OBemdito é que Alexan, durante o dia, trabalhava como funcionário público em Umuarama e à noite se travestia como Sabrina para obter melhores ganhos financeiros. Era vista como pessoa alegre e companheira. “Ela já morou com a gente e depois foi morar sozinha. Ela dizia para nós que tinha vindo de Londrina”. Alexan andava com certa dificuldade após um acidente automobilístico.

Os crimes

Guilherme da Costa Alves confessou ter matado o Renan Tortajada e Alexan Carlos de Goes após ser preso na avenida Duque de Caixas com o carro do médico. O rapaz já tinha passagens pela polícia por roubo, posse e tráfico de drogas.

À polícia, admitiu ter matado Tortajada com socos e golpes de uma pedra pontiaguda, com cerca de 1 kg, no interior do bosque Uirapuru. Arrastou o corpo por cerca de 30 metros até o muro do estádio Lucio Pipino, onde o enterrou em uma cova que ele mesmo disse ter aberto, sozinho.

Guilherme relatou, com bastante frieza, que tinha uma relação de pouco mais de um ano com o médico e que no encontro da última sexta-feira, 17, à noite se desentendeu com a vítima, por causa de R$ 200. Esse é o preço que pode ter custado a vida de um profissional respeitado em seu trabalho.

Tortajada era pediatra e psiquiatra. Atendia, entre outros, no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Toledo e também no município de Guaíra.

Cadáver coberto com galhos

Alexan foi morto a pauladas, na versão do assassino confesso. Recolheu o corpo da travesti, colocou-o no porta-malas do Honda Civic e levou-o, semi-nu, para uma área pouco movimentada do município vizinho de Maria Helena, cobrindo o cadáver com galhos de árvore.

O corpo de Alexan foi o primeiro a ser encontrado pela polícia, na noite de sábado. Ao ver a reportagem publicada por OBemdito, sobre o desaparecimento do médico, uma testemunha manteve contato com a polícia e disse ter visto uma pessoa em um Honda Civic lançando algo no matagal.

Guilherme fez mais. Na noite deste sábado, de posse do carro do médico Tortajada, o suposto membro do Comando Vermelho, como informou em depoimento, tentou roubar uma senhora de 69 anos, tentando colocá-la, à força, dentro do veículo. A vítima passeava com dois cachorrinhos na rua de sua casa. A mulher conseguiu se desvencilhar e ficou com ferimentos na boca e nos joelhos.

Sepultamento

O corpo de Tortajada foi sepultado na tarde desta segunda em Maringá. Não há informações sobre o enterro de Alexan. O cadáver teria sido levado para o IML de outra cidade, possivelmente Campo Mourão, porque o equipamento de Umuarama não está em pleno uso.

Delegado

Todas as versões e informações dos crimes cometidos por Guilherme Alves recebidas por OBemdito têm sido encaminhadas para a Polícia Civil. O delegado-chefe Gabriel Menezes disse que, diante de crimes de grande repercussão, é natural a variedade de informações.

“Tudo o que foi divulgado até agora foi com base no interrogatório do preso. Isso não significa que essa seja a versão verdadeira. As investigações continuam para apurar se a história contada pelo preso é verdadeira ou se há um outro contexto não narrado por ele, o que é provável que sim”.

Com informações de OBemdito.

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